segunda-feira, 30 de março de 2009

Deus de Papel

Ser poeta é quase divino,
Homem, menino,
Ser poeta é viver, matar.
Ser Deus, não como o todo-poderoso.
Jeová.
Ser Deus de uma folha de papel,
com uma caneta.
Ser poeta é ser pateta,
ser ridículo, um palhaço,
ser um eterno apaixonado,
um desgraçado, um abençoado.

Gilvã Mendes

Encontrei essa poesia na coluna do Gilberto Dimenstein na Folha deste domingo. Lá ele descreve um pouco da tragetória de Gilvã:

"Os dedos atrofiados e a dificuldade de teclar no computador eram apenas mais um obstáculo para Gilvã Mendes executar o maior projeto -escrever um livro sobre como lhe era difícil escrever um livro. Gilvã é uma síntese de quase todas as marginalidades possíveis. É negro, pobre, nordestino, mora num bairro contaminado pelo tráfico de drogas e sofre de paralisia cerebral, o que dificulta os movimentos do corpo e da fala. Para completar, depende de uma cadeira de rodas para circular em Salvador, com suas ladeiras. A deficiência fez com que, por muito tempo, não tenha sido aceito numa escola. Aos 17 anos de idade, estava na quinta série -obviamente de uma escola pública."

Se vc quiser continuar lendo, acesse o endereço: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dimenstein/colunas/index.htm

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