segunda-feira, 30 de março de 2009
Deus de Papel
Homem, menino,
Ser poeta é viver, matar.
Ser Deus, não como o todo-poderoso.
Jeová.
Ser Deus de uma folha de papel,
com uma caneta.
Ser poeta é ser pateta,
ser ridículo, um palhaço,
ser um eterno apaixonado,
um desgraçado, um abençoado.
Gilvã Mendes
Encontrei essa poesia na coluna do Gilberto Dimenstein na Folha deste domingo. Lá ele descreve um pouco da tragetória de Gilvã:
"Os dedos atrofiados e a dificuldade de teclar no computador eram apenas mais um obstáculo para Gilvã Mendes executar o maior projeto -escrever um livro sobre como lhe era difícil escrever um livro. Gilvã é uma síntese de quase todas as marginalidades possíveis. É negro, pobre, nordestino, mora num bairro contaminado pelo tráfico de drogas e sofre de paralisia cerebral, o que dificulta os movimentos do corpo e da fala. Para completar, depende de uma cadeira de rodas para circular em Salvador, com suas ladeiras. A deficiência fez com que, por muito tempo, não tenha sido aceito numa escola. Aos 17 anos de idade, estava na quinta série -obviamente de uma escola pública."
Se vc quiser continuar lendo, acesse o endereço: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dimenstein/colunas/index.htm
segunda-feira, 23 de março de 2009
sexta-feira, 20 de março de 2009
22 de Março Dia Mundial da Água
Vamos aos fatos: 97% da água do planeta são água do mar, imprópria para ser bebida ou aproveitada em processos industriais; 1,75% é gelo; 1,24% está em rios subterrâneos, escondidos no interior do planeta. Para o consumo de mais de seis bilhões de pessoas está disponível apenas 0,007% do total de água da Terra.
Some-se a isto o despejo de lixo e esgoto sanitário nos rios, ou ainda as indústrias que jogam água quente nos rios - o que é fatal para os peixes. A pouca água que existe fica ainda mais comprometida. Isto exige a construção de estações de tratamento de esgoto e dessalinização, por exemplo. E exige conscientização para que se evite o desperdício e a poluição, principalmente nas grandes cidades.
Com o objetivo de chamar a atenção para a questão da escassez da água e, conseqüentemente, buscar soluções para o problema, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu em 1992 o Dia Mundial da Água: 22 de março.
Por conta disso, a ONU também elaborou um documento intitulado "Declaração Universal dos Direitos da Água", que trata desse líquido como a seiva do nosso planeta.
Cuidando das plantas
Viu como é fácil economizar? O planeta Terra precisa de nossa ajuda.Não seja maluco de desperdiçar água!
Fonte: O Menino Maluquinho
http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/datas/agua/home.html
http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/datas/agua/declaracao.html
http://omeninomaluquinho.educacional.com.br/PaginaExtra/default.asp?id=2253maluquinho.educacional.com.br/PaginaExtra/default.asp?id=2253
http://www.ana.gov.br/AguasDeMarco/porque.asp
quinta-feira, 19 de março de 2009
Por que escrevo? Graciliano Ramos
"Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. Elas começam primeiro com uma primeira lavada. Molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando água com a mão. Batem o pano na lage ou na pedra lima e dão mais uma torcida e mais outra. Torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita pra enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer".
Fonte: http://www.tirodeletra.com.br/como/GracilianoRamos.htm
terça-feira, 17 de março de 2009
Café Poético - Vídeos
Uma criativa "homenagem" a Carlos Drummond de Andrade e sua obra “cidadezinha qualquer”
Montagem em Stop Motion com Bonecos de Lego do Poema "Quadrilha" de Carlos Drummond de Andrade.
Música Brasil com P, versão do DVD Cartão Postal Bomba!!!, com participação de Maria Rita
Ainda foram exibidos os vídeos:
Morte e Vida Severina, onde retirante explica ao leitor quem é e a que vai ...
Você pode ler Um estudo sobre a obra aqui!
Música do Pavilhão 9 em tipografia.
Criado por Marquinho Valladares, sobre a canção 'O Amor', de João Ricardo e João Apolinário, em interpretação dos Secos e Molhados.
Patativa do Assaré - Poesia filho de gato é gatinho ...
Cogito - Torquato Neto - Trabalho de Multimeios desenvolvido pelas alunas Bruna e Mayra
Top 10 das Poesias do Café Poético
“Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre e nem triste:
sou poeta.”
Cecília Meireles
MEIRELES, Cecília. Melhores poemas. São Paulo: Global, 2002.
Ilusões de Vida
(Francisco Otaviano)
Quem passou pela vida em branca nuvem
E em plácido repouso adormeceu,
Quem não sentiu o frio da desgraça,
Quem passou pela vida e não sofreu,
Foi espectro de homem - não foi homem,
Só passou pela vida - não viveu.
Rosa de Hiroshima
Composição: Vinícius de Moraes / Gerson Conrad
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada.
Quero me casar
Quero me casar
na noite na rua
no mar ou no céu
quero me casar
Procuro uma noiva
loura morena
preta ou azul
uma noiva verde
uma noiva no ar
como um passarinho.
Depressa, que o amor
não pode esperar!
Carlos Drummond de Andrade
ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. Rio de Janeiro: Record, 2007.
Quem ama o quê
Bola ama futebol,
Fauna ama flora,
Cabeça, boné.
Boca ama beijo,
Estrela ama céu,
Siri, maré.
Mãe ama filho,
Tatu ama toca,
Bombinha, busca-pé.
Natal ama presente,
Floresta ama índio,
Vatapá, dendê.
Palavra ama verso,
Sorvete ama criança,
Batata, purê.
Amor ama coração,
Deus ama tudo,
Eu, você.
LALAU. Quem é quem. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2005.
O pobre sedutor
Não tenho onde cair morto,
Ando matando cachorro a grito
Com uma mão atrás e outra na frente,
tou duro, tou na pior,
tou chamando urubu de “meu louro”,
numa merda federal,
com a corda no pescoço,
endividado até a alma
e entrando pelo cano.
Mas, em compensação, te amo.
Luís Fernando Veríssimo.
VERÍSSIMO, Luiz Fernando. Poesia numa hora dessas?! Rio de janeiro: Objetiva, 2002.
Invisível
A alma é invisível,
Um anjo é invisível,
O vento é invisível,
O pensamento é invisível,
E, no entanto,
Com delicadeza,
Se pode enxergar a alma,
Se pode adivinhar um anjo,
Se pode sentir o vento,
Se pode mudar o mundo,
Com alguns pensamentos.
Roseana Murray
MURRAY, Roseana. Manual da delicadeza: de A a Z. São Paulo: FTD, 2001.
Quadrilha
“João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para um convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou-se com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história.”
Carlos Drummond de Andrade
ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia poética. Rio de Janeiro: Record, 2006. p. 193
Cidadezinha qualquer
Casa entre bananeiras
Mulheres entre laranjeiras
Pomar amor cantar.
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar...as janelas olham.
Eta vida besta, meu Deus.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia poética. Rio de Janeiro: Record, 2006. p. 63
“O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas, o coração continua.”
Carlos Drummond de Andrade
ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia poética. Rio de Janeiro: Record, 2006.
14 de Março "Dia Nacional da Poesia"!
Devido a grande importância que a Poesia tem no mundo dos livros aconteceu na Biblioteca do CEU AZul da Cor do Mar o Café Poético com os alunos da 8ª e 6ª séries, respectivamente.
O primeiro encontro foi marcado pelo encantamento com relação a poesia. Pela descoberta de quem olha para as primeira rimas.
Já o segundo encontro foi com os "familiarizados", os que conhecem poesia desde pequenininhos e com desenvoltura devoraram os textos e faziam questão de declamá-los em público.
Aos poucos colocaremos aqui no Blog as poesias de maior sucesso entre os nossos adolescentes e os vídeos exibidos na festa de ontem, confeccionados pelo Bibliotecário Rogério.
Agradecimentos especiais para todos os alunos da 8ªC e 6ªA da EMEF Vila Nova, por participarem do evento e deixarem aqui conosco sua ternura, seus sorrisos e muita emoção. E todo apoio técnico do Professor Antônio (Coordenador Pedagógico) da EMEF, da Gestão do CEU e coordenação de Projetos.
segunda-feira, 16 de março de 2009
Folia na Biblioteca
No dia 21 de Fevereiro de 2009 a comunidade se reuniu para uma Oficina de Máscaras, sob a coordenação da Bibliotecária Vanessa responsável por animar os foliões.
Logo pela manhã já era evidente a ansiedade dos participantes, que solicitavam o começo da mesma, mas isso só aconteceu após às 13h30.
Belíssimas máscaras foram confeccionadas (como pode se ver abaixo).
A participação dos usuários ainda contou com a apresentação da leitora Brenda Souza da Silva (10 anos) que fez uma demonstração de dança ao som da Marchinha: Balancê de Braguinha e Alberto Ribeiro, no decorrer do evento.
A Oficina foi um sucesso! Era nítida a alegria e animação no rosto de todos os participantes.